sábado, 3 de setembro de 2011

MINHAS DESCONFIANÇAS

Quem me conhece, sabe que não tenho nenhum tipo de fé, na forma que é consenso devamos tê-la, para acreditar na vida, para ter esperança, ... Do ponto de vista espiritual, se é para me definir de alguma forma, considero-me uma agnóstica muito confusa. Respeito todas as formas e práticas de religiões, crenças, que tornarem as pessoas felizes e "ativamente boas"! Mas, como confessou a escritora Raquel de Queiroz, já octagenária, tendo vivido a vida toda num lugar beato como o interior nordestino, dizendo que gostaria muito de crer, de ter uma fé, que seria tudo mais fácil. Mas, como tinha que ser honesta, respondeu ao entrevistador não crer em nada. A mesma declaração fez o FHC perder a prefeitura de S.Paulo. Ou seja, não é assunto fácil.
Mas, mesmo ser ter uma fé ortodoxa, tenho grandes desconfianças se somos apenas meros sacos de batatas. Há pessoas de uma generosidade tão grande, que ajudam, acolhem, cuidam de outros seres, que lutam tão desesperadamente para salvar vidas, independente de quais, com tanto despreendimento, sem nenhum proveito próprio, que sua atitude não pode ser considerada humana, de tão pouco comum que é agir dessa forma. Portadoras de fé ou não, as pessoas são muito egoístas! Desconfio, assim, que alguma coisa há de haver por trás da generosidade tão inexplicável de alguns humanos.

Um comentário:

  1. Creio também que não necessitamos de "pertencer" à uma religião institucionalizada. Não sei ao certo que tipo de "fé ortodoxa" que vc se refere, mas ter respeito às pessoas e ao mundo, ética, generosidade e desprendimento é a base de muitas religiões, como o Budismo por exemplo... onde Buda não é um "deus" que julga, castiga, beneficia esta ou aquela pessoa, etc... e sim um "estado de consciência".

    Sua postura pode ser também considerada Taoísta, cujo ideograma "Tao" (composto por "cabeça" e "Pé"), poderia ser traduzido por "Caminho".. os Taoístas acreditam que cada um tem seu Tao - ou seu Caminho - e não há julgamento, pois tudo no mundo é relativo, depende do contexto onde está o objeto. Assim, "generosidade" ou "egoísmo" dependem do contexto...

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