terça-feira, 1 de agosto de 2023

É SÓ TROCAR O BOI PELO FRANGO?????

Que tipo de ser humano coloca seu prazer imediato acima da sobrevivência das condições de vida neste planeta? Uma pessoa ruim? Não. É o desinformado!!! Quando assisto debates sobre o meio ambiente, de intelectuais que admiro pelos conhecimentos e espírito crítico, percebo claramente a falta de informações e, principalmente, a falta de uma reflexão honesta sobre estarmos (pessoal e diariamente) contribuindo de maneira tão eficiente quanto nefasta para destruir o frágil equilíbrio desta nossa casa, chamada planeta Terra. Mesmo as pessoas que já tomaram uma atitude efetiva, cortando ou reduzindo seu consumo de produtos de origem animal, parecem ter vergonha de admitir que sentem compaixão por seres explorados e mortos sem necessidade. A verdade incostestável é que estamos acabando com as florestas, desertificando e contaminando o solo, o mar, os lençóis freáticos, extinguindo espécies, acabando com a biodiversidade, como resultado de uma “produção” insana de carne/laticínios/ovos/peixes, só porque temos esse hábito. Há quem diga que “as pessoas comem carne porque as pessoas comem carne”. Não aceitamos, no nosso subconsciente, que seja possível viver sem a tal “proteína” animal, quando a realidade já conhecida é de que todos os aminoácidos que compõem a proteína vêm da terra e da comida que os animais comem; com o uso desses “intermediários”, acrescentam-se gordura saturada, antibióticos, hormônios, agrotóxicos bioacumulados, microplásticos e toda sorte de elementos que podem ser radicalmente diminuídos quando nos alimentamos da comida orgânica do MST, por exemplo. Estamos dialogando entre professores, cientistas, e outros intelectuais da melhor qualidade. E, mesmo assim, o assunto é tabu. Quando resvalado, muitos se mexem na cadeira, ou sugerem mudar de uma proteína animal para outra. Se fosse possível falar em compaixão pelos 70 bilhões de seres terrestres criados e mortos todos os anos, o argumento de evitar a “carne vermelha” não seria dos melhores, dado que um boi morto alimenta muito mais seres humanos do que um camarão. Quanto maior o animal, menos indivíduos têm de morrer para que se alimente um humano. Mas, como a compaixão por animais não é ainda bem vista na nossa sociedade, melhor falar que as galinhas “produzidas” nas granjas industriais são seres que vivem 28 dias no planeta, sem pisar o chão, nem ver a luz do sol, que têm seus bicos cortados antes de uma semana de vida (para não escolherem ração nem se ferirem nas gaiolas onde vivem amontoadas), recebem uma ração “energética” para crescerem rapidamente, o que desequilibra a relação entre ômega 6 e ômega 3, o que torna o inocente e comum "franguinho" num “alimento” altamente inflamatório, que pode causar a maioria das doenças conhecidas. E ainda não se fala no impacto ambiental para se produzir, transportar e armazenar tudo que é de origem animal, dada a quantidade de plásticos e de energia para conservá-los, por serem altamente perecíveis. Por tantos motivos (e muitos mais ...), dá para usar o argumento de que “não consigo viver sem carne”? Falta mesmo é informação, não resta nenhuma dúvida, a meu ver. Sugiro “What The Health?”, “A life in our planet”, “Cowspiracy”, “Dominion”, “Seaspiracy”, … Muita gente diz que “não tem coragem de assistir”, com medo de cenas fortes (desses, só Dominion é pesado). Mas, se não assistirmos, se não nos informarmos, não conseguiremos furar essa bolha do “hábito”, dos mitos, e continuaremos a fugir covardemente da real e efetiva forma de contribuirmos para salvar as condições da vida humana neste planeta. É uma grande falha da maioria absoluta dos intelectuais formadores de opinião, que continuam a se esquivar do assunto!! Quase sem exceções!!!