domingo, 4 de setembro de 2011

FUI ATROPELADA

Felizmente, foi há muito tempo e, felizmente, não aconteceu nada. Mas fiquei sem grandes explicações sobre o que realmente ocorreu. Foi em 1978 ou 79. Não importa. Faz muito tempo! Eu morava numa travessa da avenida principal do bairro, a uns 100 metros, um pouco mais, de distância do ponto de ônibus.
Desci, então, do transporte público e precisava atravessar a avenida para ir para casa. Nesse trecho da avenida, muito estreito e próximo de uma curva fechada, há apenas duas faixas, uma em cada direção. Portanto, não há espaço nem possibilidade segura de ultrapassagem, em nenhuma das direções.
Passei, então, pelos carros parados numa das direções e concentrei-me em verificar se algum carro vinha no sentido contrário, até devido à curva que tira muito da visibilidade.
Nesse momento, ouvi um ruído ensurdecedor de uma brecada e senti que deitara suavemente no asfalto, que achei muito macio. Minha mãe, que assistia TV na sala de casa, ouviu o barulho e levantou-se angustiada, conforme me contou depois e se lembra até hoje.
Não tive nenhum ferimento, nenhuma dor, simplesmente levantei-me, acalmei o motorista que acabara de brecar o carro, tremendo muito e certamente lamentando a idéia de ter tentado ultrapassar uma fila enorme de carros parados, indo pela contramão. Era um táxi fusquinha.

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