segunda-feira, 29 de agosto de 2011

NOSSA HISTÓRIA: A SOPHIA E EU


Tenho que confessar que o nome do blog é uma mentira, mas será a única deste Blog: não sou dona da Sophia; ela é minha dona!
A Sophia é uma gatinha que decidiu que nos encontraríamos e pôs seu plano em ação.
30/12/2000: partida de futebol no São Januário, São Caetano x Vasco. Caiu o alambrado! Eu, na varanda do apto. do Guarujá, num dia garoento. Se narração de jogo jogado já é um tédio, imaginem narração de jogo parado! Sem aguentar mais ouvir as divagações se o jogo ia recomeçar ou não, saí da rede, olhei prá fora e vi um cãozinho procurando por comida no lixo. Lembrei-me que eu havia guardado um pedaço de carne na geladeira. Sou vegetariana, mas quando alguém come carne numa refeição, eu pego o que sobra no prato do carnívoro e guardo para uma eventualidade. Desci o mais rápido que pude para poder entregar o pedaço de carne ao destinatário, mas ele sumira. Comecei, então, a ouvir um miado e não conseguia entender a sua "origem", pois vinha de um monte de tranqueiras jogadas num terreno público, como soe acontecer em civilizações como a nossa. Treinei o olhar e dei de cara com dois olhinhos nublados. O resto era pele, nenhum pelo, e pouca coisa mais, além da decisão que ela tomara, a partir de então, de ficarmos juntas. Como eu ainda não havia sido comunicada desse intuito, ao ver um sujeito passar por perto, perguntei a ele o que achava que eu deveria fazer, vendo aquele gatinho, ao que, prontamente, foi-me sugerido: "Deixa aí que o carro passa por cima". Brilhante! Além de pensar (não sei se lhe disse, mas, se não disse, deveria ter dito!) que minha vontade é que um carro passasse sobre ele, falei prá Sophia me seguir. Ela, muito mais esperta que eu, entendeu logo e veio atrás de mim, dando uma paradinha para beber água na poça que se formara no meio do asfato, já que tinha tido que miar demais, até que a anta aqui entendesse o que ela acabara de conseguir. Fomos prá casa e estamos juntas desde então. Não há nenhuma dúvida do domínio que a Sophia exerce por aqui. Quando concordamos com algo, está tudo bem. Mas, se entrarmos em dividida, não tem jeito. Se ela quiser abrir uma porta, ela abre, ainda que minha intenção fosse de impedi-la, por qualquer motivo, de entrar ou sair. A Sophia pula em maçanetas, abre portas de correr, portas articuladas, além de acender luzes, ligar rádio relógio, rasgar papel de parede, tirar telefone do gancho, qualquer coisa que seja necessária para eu entender o que ela quer de mim. Descobrimos que, quando nos encontramos, a Sophia tinha uns 3 meses e pesava 200 g, que é o peso de gatinho recém nascido. Ela sobreviveu para me achar. Quando tinha um ano, castrada desde os 6 meses, adotamos a Yasmin para sua companhia. Em um mês, a Sophia estava amamentando a Yasmin (uma sialata), coisa que se prolongou por uns 6 anos, acho. Lembro-me de voltarmos ao Guarujá, com a Sophia e a Yasmin no carro, e pensar que, saída do lixo, ela voltava em "alto-estilo", com uma siamesa de estimação. Isso é que é determinação e sucesso pessoal! Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa história. Depois que o pelo cresceu, vi que se tratava de uma linda gata tricolor!!

Um comentário:

  1. Adorei sua história com a Sophia!! Sei que vc não acredita em nada disso, mas realmente tem coisas que parecem estar ligadas ao que chamamos de Destino...Difícil saber o porquê certas coisas acontecem "assim e não assado"...Sophia...

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