segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DE COMO VIM AO MUNDO

Minha mãe, quando jovem, era bonita, vaidosa, baladeira, enfim, uma "gatchinha" da época. Ela sempre me disse que tinha praticamente as medidas da Marta Rocha, miss Brasil da época. Meu pai, mimadíssimo pela minha avó, até por ter nascido no dia do aniversário dela. Minha mãe teve um bom número de namorados. Na minha infância, muitas vezes, ao ouvir um nome masculino, ela dizia: "tive um namorado com esse nome!" Mas, calma, na época, namorar era sair de mãos dadas, acho. Bom, o divertimento do meu pai era ficar no bar tomando alguma coisa, vendo as moças passando na calçada. Minha mãe foi uma dessas, que começou a passar mais vezes na frente daquele bar, para ver o moço que, segundo ela, causava-lhe pena: "tão novo e fica parado aí, sem fazer nada!"
Começaram, de qualquer forma, a tentar aproximação. Pelo que sei, meu pai achava minha mãe bonita e, para conquistá-la, tentou mostrar que ele tinha grana, o que não era uma verdade, já que quem estava "bem de vida" era meu avô.
Minha tia, irmã do meu pai, ao saber que meus pais se casariam, depois de um breve namoro e noivado, questionou o irmão: "Mas você está enganando a moça! Ela pensa que você é rico e não é." Ao que ele respondeu: "Quando ela souber, já estaremos casados". Um efetivamente enganou o outro, casaram-se, estão juntos há 53 anos, acho que não conseguiriam viver um sem o outro, embora ele a desvalorize e a humilhe em todas as oportunidades possíveis, enquanto ela se ocupa em fazer da vida dele um inferno todos os dias que Deus deita ao mundo!!! Poderiam ser tema para uma comédia de costumes!

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