domingo, 26 de julho de 2020

Só para quem se importa com as pessoas!!

Trabalhar no inferno Matadouros não estão entre os lugares onde alguém sonhe em trabalhar um dia. Além de ser um ambiente imerso na violência diária contra seres de outras espécies, afinal, não existe nada de pacífico ou bonito na matança de animais para consumo, os funcionários costumam ser mal remunerados.Trabalhar em matadouro demanda esforços repetitivos e exige que funcionários atuem em ambientes com temperaturas desconfortáveis, o que pode tornar o uso de medicamentos um hábito diário. Se o trabalhador for um imigrante, a situação pode ser pior. Embora tudo isso ocorra há muitas décadas, hoje a pandemia de coronavírus tem lançado luz à realidade de trabalhadores do mundo todo que atuam na indústria da carne, que resiste a paralisar suas atividades mesmo em situações em que os funcionários são expostos a um número crescente de riscos de contaminação. E as crianças famintas da África? Em escala mundial, só as vacas bebem 45 bilhões de litros de água e comem 61,2 bilhões de quilos de comida por dia. Pelo menos 50% dos grãos são produzidos vão para alimentar o gado. Os EUA poderiam alimentar 800 milhões de pessoas com grãos que o gado consome. Dá pra mensurar o que isso significa? 80% das crianças famintas vivem em países onde os alimentos são administrados aos animais, e os animais são comidos por países ocidentais. A indústria agropecuária reflete diretamente as contradições do capitalismo e seus abismos sociais. Alimentos que poderiam retirar milhões de pessoas da fome são utilizados para alimentar gado. Gado que é consumido em excesso e, segundo a medicina mais avançada, sem necessidade fisiológica. Remédios de uso contínuo para viver mais tempo ... doente! Pessoas que comem menos ou nenhum produto de origem animal têm menos doenças. A Faculdade de Saúde Pública da USP, apresentou um estudo feito com 4.500 adultos brasileiros que concluiu que as pessoas que consumiam regularmente mais proteína baseada em vegetais tinham quase 60% menos chance de apresentar placa nas artérias do coração do que os que consumiam mais proteína animal. Esse acúmulo de placa costuma ser usado para avaliar o risco de doença cardíaca. Outra pesquisa, realizada pela Escola de Saúde Pública do Instituto Milken da Universidade George Washington, comprovou que os sul-asiáticos que vivem nos EUA e seguem uma dieta vegetariana apresentam menor número de fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes, incluindo menor índice de massa corporal, menor circunferência abdominal e menor quantidade de gordura abdominal, menor colesterol e menor índice de açúcar no sangue do que pessoas do mesmo grupo demográfico que comiam carne.Se é possível prevenir e controlar as doenças mais comuns mudando hábitos alimentares, por que não há campanhas oficiais dos governos para esclarecer a população? A quem interessa manter as pessoas doentes a se medicarem pelo resto da vida? Mais vale ser um rico com saúde do que ser um pobre doente? Pouquíssimos países do mundo podem oferecer atendimento médico com igualdade para toda a população. Os avanços da medicina ainda são para poucos. Salas de procedimentos inteligentes, nanomedicina, nanobiotecnologia, farmacogenética, cirurgias robóticas, entre outros, são alguns exemplos. As pessoas de baixa renda têm muita dificuldade de cuidar e de ser responsáveis por sua saúde. Culpar os pobres pelo adoecimento e desconhecer os determinantes sociais, econômicos e ambientais como as principais causas da doença. Muitas pessoas não escolhem o estilo de vida que levam, simplesmente sobrevivem em ambientes sem as mínimas condições de vida. Associe esse cenário à má alimentação, tabagismo – cada vez mais comum nas classes baixas – e etilismo. Se houvesse verdadeira informação, o pouco dinheiro das pessoas mais pobres poderia ser usado numa alimentação baseada em vegetais, MUITO mais baratos. No entanto, o que a parte mais pobre da população come, notadamente nos meios urbanos, é uma alimentação baseada em produtos industrializados, principalmente carnes e laticínios altamente processadas, decorrente da enorme publicidade em torno desses produtos, apesar dos preços mais baixos serem proporcionais à sua qualidade. Resultado: alta incidência de doenças, baixíssimas expectativa e qualidade de vida. Você já comeu a Amazônia hoje? Os humanos precisam de um planeta onde viver. O pesquisador britânico Norman Myers, da Universidade de Oxford, um dos mais respeitados naturalistas do mundo, criou o termo "Conexão Hambúrguer" para ligar o consumo de carne nas redes de fast-food dos Estados Unidos à destruição das florestas na América Central. Um dossiê inspirado no termo de Myers foi feito em 2003 pelo Centro para Pesquisa Florestal Internacional, desta vez sobre a Amazônia. De lá para cá, a causa só cresceu. Um dos mais expoentes adeptos da campanha por menos carne e mais florestas é o biólogo americano Edward Wilson, da Universidade Harvard. Segundo ele, só será possível alimentar a população mundial no fim do século, estimada em 10 bilhões de pessoas, se todos forem vegetarianos. "O raciocínio é matemático", diz Greif. Para ele, alimentar os bois com pasto ou grãos é o meio menos eficiente de gerar calorias. A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentar esses animais, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o boi é o pior. O gado tem sido considerado o grande vilão da Amazônia. Hoje, o Brasil mantém 195 milhões de bovinos. Há mais bois que pessoas. Cerca de 35% desse rebanho está na Amazônia. Para alimentar o gado, os pecuaristas desmataram uma área de 550 quilômetros quadrados, o equivalente ao Estado de Minas Gerais. Criados livres no campo, sem ração, os bois precisam todo ano de novas áreas derrubadas para a formação de pasto. Voltamos aos tempos do "bang-bang" ou nunca saímos dele? A pecuária na região Amazônica, no Brasil, está ligada à ocupação irregular de terras públicas. As terras da região pertencem ao Estado e em sua grande maioria foram tomadas na forma de posse. Para comprovar a posse da área tomada, o fazendeiro precisa mostrar que a terra é produtiva. Para isso também servem os bois. Além disso, segundo o Banco Mundial, o modelo regional de pecuária não traz o desenvolvimento. Seria até o contrário. Primeiro, porque a disputa por terras públicas faz a Amazônia ter um índice alto de assassinatos no campo. Cinco dos dez municípios mais violentos do país estão na região. Dados do Banco Mundial também demonstram que os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) das cidades com grandes rebanhos são similares aos dos países mais pobres do mundo. É o grande agronegócio que produz comida barata e de qualidade, gerando muitos empregos? Segundo dados do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), denominado “Estado da Alimentação e da Agricultura”, a agricultura familiar tem capacidade para colaborar na erradicação da fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável. No Brasil, apenas 20% das terras agricultáveis pertencem aos pequenos produtores familiares, segundo dados do Censo Agropecuário realizado em 2006, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, a agricultura familiar é responsável por mais de 80% dos empregos gerados no campo, o que evidencia sua importância ao gerar renda local. Permitir a permanência do homem no campo significa permitir a produção de alimentos. Com uma produção diversificada, o setor produz cerca de 80% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, como a mandioca (83%) e o feijão (70%), representa 84% das propriedades rurais, empregando, pelo menos, cinco milhões de famílias. Já as grandes propriedades rurais, no Brasil, são voltadas para produção de commodities, grãos que abastecem as indústrias e o mercado externo, basicamente para alimentar porco e galinha que vão ser comidos na China. Em outras palavras, trata-se da monocultura, o que é prejudicial para o solo e, consequentemente, para o meio ambiente devido ao uso de uma quantidade muito grande de agrotóxicos. Já na agricultura familiar, não. A produção é diversificada, realizada em pequenas propriedades, voltada para o mercado interno e com pouco ou nenhum uso de defensivos agrícolas. Vamos usar álcool gel e máscara pelos próximos 20 anos? Cientistas da Universidade de Cambridge identificaram sete rotas pelas quais uma nova pandemia poderia ocorrer e 161 maneiras de se evitar o risco. Quando se comemorava a chegada de 2020, com muitos votos de um feliz ano novo, o mundo não fazia ideia de que uma pandemia seria capaz de promover tantas mortes. Agora, em meio à crise do novo coronavírus e diante da ameaça de um novo vírus da gripe identificado em porcos na China, é preciso mudar drasticamente alguns hábitos. Mudar a relação com os animais é a principal e mais urgente medida para impedir que o mundo seja devastado por outros patógenos, segundo a equipe formada por 25 especialistas em vida selvagem e veterinária. Eles pedem que as pessoas tornem-se veganas, que se proíba o comércio de animais exóticos e reprima fazendas lotadas. Mas só se os humanos quiserem voltar a ter uma vida “normal”!!!!

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