domingo, 31 de maio de 2015

Violência é morrer de fome????

Jardim da Estrela, Lisboa, 31 de maio, primavera de 2015. Festa para a terceira idade, onde idosos desfilavam com uma chapéu estiloso assinado por "corega". Recomendo fortemente a todos, que ainda tiverem tempo, que cuidem dos seus dentes!!! Paralelamente, enfileirados cada um com uma mensagem, ativistas pelos direitos dos animais expõem suas placas revelando animais enjaulados, feridos, privados da luz do sol durante toda a sua miserável vida, destinados a chegar aos pedaços, na forma de "carne", para alimentar os animais humanos naquilo que o senso comum considera ser a única forma de não morrermos de fome! Triste mentira! Humanos, como esta que escreve, sobrevivem muito melhor sem ingerir nenhuma forma de violência, travestida de alimento. O título deste texto foi dito várias vezes por um senhor irritantemente "normal" no que se refere a hábitos alimentares, numa lógica questionável, quando do aprofundamento da questão. Em contrapartida, já que parece haver alguma esperança no mundo, um pouco antes, pude observar as lágrimas de uma senhora que não se conteve aos observar as imagens das criaturas fabricadas pela "indústria de carne", teimosamente exibidas por pessoas que também se emocionaram da mesma forma, cada um a seu tempo, e que decidiram mudar seus hábitos e não ter pudores em denunciar tamanha atrocidade. Violência é violência e nós, humanos ainda capazes de sentir compaixão, não conseguimos mais aceitá-la. Tentamos, teimosamente, desconhecer o que acontece aos animais que escolhemos usar, matar e comer "para não morrermos de fome". Não queremos saber. É uma punhalada na consciência! São 65 bilhões por ano. Pintinhos moídos vivos porque nasceram machos e não vão botar ovos; bezerros que ficam meia hora com as mães e em seguida mortos porque queremos o leite que é deles; bois esfolados vivos durante o abate; porcas vivendo em gaiolas do tamanho do seu corpo para procriarem sem parar; porquinhos castrados a sangue frio, galinhas vivendo no espaço de uma folha de papel, bicos cortados e pernas quebradas por que não aguentam seu peso, ...., tudo sem ver a luz do sol, em ambientes insuportáveis pelo cheiro dos seus dejetos, regados a muito antibiótico para sobreviverem até o momento determinado para sua morte. O holocausto vivido a cada segundo, neste mesmo planeta que habitamos, tudo completamente escondido, por uma indústria macabra e poderosa, dos olhos dos responsáveis pelo sofrimento sem fim: os humanos que acreditam que morrerão de fome se não comerem carne; ou seja, quase todos os humanos. Chamam os ativistas pelos direitos dos animais de "fundamentalistas" por denunciar a violência, mas não se sentem "fundamentalistas" por rejeitarem completamente uma vida sem consumir violência. Vou continuar me esforçando para entender essa lógica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário